Vento frio
Mururu passante
Flor nascente
Um pitiu de doer na alma
Lama a correr no meio da canela
De longe a fedentina
Enquanto lá em cima porcos se alimentas
Uns de gente,
outros de bosta
Nos ‘arizeteiros’,
sobras de alívio
Na beira, caniços, bancos, tarrafas, espinheis...
Enquanto isso, as barrigas esperam
Há já uma gritas
Ao que parece ninguém dera ouvidos
Enquanto canoeiros desfilam
Cada um a seu modo
Ali, ninguém é favor
Ou contra-maré
Mas a favor da vida
Por isso vivíamos a contemplar
E, enquanto a maré subia
Arriba os bancos
Pois amamos esse lugar
Nilson Ericeira
Nenhum comentário:
Postar um comentário