15/09/2023

Na beira do rio I

 

Vento frio

Mururu passante

Flor nascente

Um pitiu de doer na alma

Lama a correr no meio da canela

De longe a fedentina

Enquanto lá em cima porcos se alimentas

Uns de gente,

outros de bosta

Nos ‘arizeteiros’,

sobras de alívio

Na beira, caniços, bancos, tarrafas, espinheis...

Enquanto isso, as barrigas esperam

Há já uma gritas

Ao que parece ninguém dera ouvidos

Enquanto canoeiros desfilam

Cada um a seu modo

Ali, ninguém é favor

Ou contra-maré

Mas a favor da vida

Por isso vivíamos a contemplar

E, enquanto a maré subia

Arriba os bancos

Pois amamos esse lugar

 

Nilson Ericeira

Nenhum comentário:

Postar um comentário