Aqui me negaram tudo
Negaram-me
Negaram-me educação
Saúde
Lazer
Prazer
educação
Negaram-me
Nação
Sonegaram
Negaram-me
direito
Ainda
me chamam de cidadão
No
civil
No
administrativo
No
consumi-dor
Mas
no penal,
Meteram-me
a taca
Negaram-me
passagem
E
até alimentação
Moradia
Transporte
e quase tudo
Negaram-me
até água
Em
vez de vinho
O
pão que o diabo amassou
Não
posso ir e vir
Ainda
dizem que sou livre
Livrem-me
desse ‘políticos’
Quero
ser um cidadão normal
Quando
alguém passar mal!
Encomendem
logo o corpo e ponha no jornal
Pois
assim serei visto em papeis
Pois
nem fedo nem cheio
Sou
um in-di-gente
Estorvo
humano
Desumanizaram-me
E
sei que não me negarão despedia
Ainda
que já há muito me abandonaram
Mas
se só negar
Não
me deixe no tempo
Nilson
Ericeira
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